Vimos por meio, prestar nossa solidariedade aos estudantes da Unicamp, que lutam por moradia estudantil, repudiando a postura da Reitoria e da Administração da Unicamp, que optou pela truculência policial e do aparato judicial, ao invés do diálogo e do acordo com os estudantes.
Ontem estivemos junto aos estudantes e presenciamos a intimidação da Política Militar, e a truculência da Unicamp. Hoje, acompanhamos o cumprimento da reintegração de posse, que usou inclusive Força Tática da Polícia Militar.
Acompanhamos e saudamos a decisão dos estudantes deliberaram por deixar a casa depois de ser ameaçada pelo choque e deliberaram por ocupar a administração da moradia.
Quanto à moradia, o administrador Viotto, em nome da Reitoria tem tido uma política de tentar minimizar a falta de vagas na moradia atacando os estudantes e moradores tentando expulsar os africanos, mães com filhos maiores de 7 anos e agora moradores tido como hóspede. A falta de vaga na moradia é imensa, e com as reformas a situação se agrava ainda mais. Havia menos de 1000 vagas na moradia, e já na década de 80 foi planejado ter 1500. Mas nada. E mais grave, hoje há 30.000 estudantes na Unicamp! Há centenas na lista de espera! A moradia precisa de apoio, e isso significa que a Unicamp tem que dialogar e assumir as responsabilidades, ampliando vagas, e não atacando os estudantes/moradores.
Estamos percebendo que há tempos a Unicamp caminha para uma forma autoritária de conduzir suas ações. A discussão da autonomia e organização dos estudantes é central para promover que a Unicamp cumpra sua função de universidade estadual. O caso concreto desta reintegração de posse expressa uma posição mais ampla da Unicamp, que não somente não cumpre com a exigência de fornecer moradia à todo estudante, em especial os carentes, como conduz sem diálogo com os estudantes. É assim na moradia, mas é assim nos conselhos universitários, em cada instituto, etc.
Na verdade, é fruto de uma concepção de sociedade de forma mais ampla. Ontem, junto com a resistência contra a reintegração de posse na moradia da Unicamp, havia um ato público no centro de Campinas, contra as políticas de O.S. da Prefeitura, que afasta o papel do Estado ao realizar as políticas públicas. O mesmo se dá hoje, ao vermos as manifestações dos estudantes por passe livre e contra o aumento das passagens, que, por sinal, foram novamente reprimidas pelo Polícia Militar. Ou seja, o aparato burguês não quer que a articulação e a organização dos trabalhadores e estudantes avancem. A Unicamp, a empresa pública de transporte, a Prefeitura, etc.
É o que vemos com os ataques contra nós, na Flaskô. Enquanto classe trabalhadora organizada, lutamos pela expropriação dos meios de produção, mantendo a fábrica sob controle operário. E, sob a perspectiva classista, nos somamos aos demais movimentos sindicais, sem-terra, sem-teto, e dos estudantes. E é isso que a Unicamp, a Prefeitura, os patrões não querem. Não querem que nos articulamos, nos fortalecemos.
Mas, não tenhamos dúvida. Seguiremos firmes contra qualquer abuso, andando lado a lado de cada trabalhador, explorado, para que na disputa diária, estejamos na luta pela construção do socialismo.
Fora polícia do campus e da moradia!Fora Viotto!
Contra a expulsão dos hóspedes, africanos e mães com filhos menores de 7 anos!
Por mais vagas na moradia! Por uma moradia no campus de Limeira!
Por uma Unicamp verdadeiramente pública! Por democracia estudantil!
Pelo acesso à educação e moradia! Pela vida digna, numa sociedade sem exploração e desigualdade!
Por um controle democrático da universidade, das fábricas, do campo, enfim, da sociedade!
Socialismo ou barbárie, venceremos!
Sumaré, 03 de março de 2011
Conselho de Fábrica da Flaskô - sob controle operário
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